As taxa de atualização: custo do capital próprio


No “post” de hoje vamos estimar o custo de capital próprio.

A metodologia que propomos afirma o custo do capital próprio como:

                       Re = Rf + Beta x (Rm – Rf)

Em que:
Rf – taxa de retorno de investimento sem risco.
Beta – medida de risco sistemático
(Rm – Rf) – prémio de risco de mercado

Suscita alguma discussão quando se questiona se os estudos com base em empresas cotadas em bolsa podem ser transportados para as restantes empresas. Apesar de não ser inteiramente correta a transposição, o modelo acaba por ser aplicado sem alterações à sua estrutura.

Normalmente são considerados investimentos sem risco as obrigações do Tesouro dos Estados. Contudo, a crise das dívidas soberanas vêm mostrar-nos que devemos ter algumas cautelas. Em nossa opinião, para investimentos feitos em Portugal, deverão ser utilizadas médias das OT´s dos últimos anos, por forma a absorver a subida abrupta do último ano ou, em alternativa, as emissões de dívida de estados com melhor “rating”, por exemplo, da Alemanha.

Fonte: Bloomberg


Quanto ao prémio de risco de mercado a considerar, aconselhamos a consulta do Prémio de Risco do País, em Damodaram, eventualmente um pouco ajustado em função do risco do investimento.

O valor de Beta pode ser obtido também em Damodaram, mas com o cuidado de se escolherem betas não alavancados, queremos dizer, onde não se pondera a existência da dívida. A alavancagem deve repercutir as estruturas de capitais de cada empresa e também a taxa de imposto. Temos então que o Beta alavancado para a nossa situação seria dado pela equação:

Beta(alav) = Beta(não alavan) x (1 + percentagem capital alheio / percentagem de capital próprio x (1 – Taxa de imposto))

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